Pesquisar este blog

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Minha avaliação do processo seletivo

Neste processo seletivo encontrei varias dificuldades, por exemplo, na etapa da coleta seletiva do lixo, pois onde moro não existe coleta seletiva e nem uma cooperativa que faça isso, a gente faz a coleta seletiva em casa, mas na coleta feita pela prefeitura o lixo depositado num mesmo local (aterro sanitário).
Outra dificuldade que encontrei foi na hora de postar as tarefas no blog, pois onde moro o acesso a internet é muito difícil, tinha somente um computador para fazer as tarefas.
Mas isso tudo teve seu lado positivo, onde a gente teve a oportunidade de mostrar todas nossa trajetória de vida e conhecer também a vida dos outros integrantes do processo seletivo, aprendi que tenho que organizar melhor meu tempo, o que pra mim estava sendo muito difícil durante o período do processo seletivo, pois estava muito atarefado nas frentes de trabalho da AJJ e no processo político relacionado às comunidades tradicionais da Juréia.

Proposta de geração de renda

Eu e mais alguns integrantes da AJJ pensamos em um modo de geração de renda para as comunidades tradicionais da Juréia, a nossa proposta é gerar renda através da educação ambiental de base comunitária dentro da Estação Ecológica Juréia -Itatins.

Em Setembro conseguimos uma autorização do órgão gestor da Estação para promovermos um roteiro piloto de avaliação, onde foram convidadas pessoas de vários setores de atuação.


Foi um roteiro de quatro dias onde os avaliadores puderam conhecer a história da cidade de Iguape, degustar pratos da culinária caiçara, conhecer a geografia da região e vivenciar afazeres do dia- a- dia das comunidades caiçara, fazendo a farinha de mandioca .



Grupo de Avaliadores





Com quem posso contar !!

Nesta luta de muito tempo não posso me esqueser das pessoas que forão pioneiras em todas estas discusões que eu ja citei em postagens anteriores, como meu pai Dauro, Arnaldo e Adriana, e todos os integrantes da UMJ(União dos Moradores da Juréia) e AJJ(Associação dos Jovens da Juréia).
Todas as pessoas e associações que eu falei tem um papel muito importante no processo politico de articulação das comunidades caiçaras e em pensar propostas inovadoras para a permanencia e a geração de renda para as mesmas.

Nossas dificuldades

Nesse momento em que as comunidades tradicionais caiçara da Juréia estão lutando por seus territórios, estamos todos focados num mesmo projeto de futuro, que seria consequencia da recategorização da Estação Ecológica Juréia Itatins para uma unidade de conservação de uso sustentável, onde as comunidades poderiam morar e preservar seu modo de vida que sempre utilizou- se da natureza sem degradá- la.


Há muito tempo minha comunidade vem enfrentando um grande problema, pois em 1986 foi criada através de uma lei estadual,uma unidade de conservação de proteção integral chamada Estação Ecológica Juréia- Itatíns, que não permite a presença humana, foi criada no território em que nós comunidades tradicionais já vivíamos e desenvolvíamos nossas atividades, que tem base no extrativismo e na agricultura itinerante. Desde então nossas comunidades estão sendo obrigadas a sair de seu território para morar nas periferias das cidades ao redor da Estação Ecológica Juréia Itatíns, não tendo muito sucesso nesse êxodo, acabam passando por muitas dificuldades e algumas até entram no mundo da marginalidade, pois não tem a capacitação necessária para arrumar um emprego nessas cidades.
Com a criação dessa unidade de conservação e as conseqüências que ela acarretou, a comunidades da Juréia ingressaram numa luta que dura mais de vinte anos, pela mudança da lei da Juréia, ou seja, pela recategorização da unidade de conservação de proteção integral para uma Unidade de conservação de uso sustentável onde a presença humana é permitida e a comunidade pode desenvolver sua cultura.Para fortalecer essa luta da comunidade foi necessário se organizar e se constituir como associação com representação jurídica, criando então a União dos Moradores da Juréia (UMJ)
E na mesma época com preocupação da crescente saída das comunidades de seus territórios, para manter a cultura caiçara presente nas nossas vidas e gerar renda para as pessoas que saíram de dentro da Juréia foi fundada também a Associação dos Jovens da Juréia (AJJ).
Hoje eu atuo nas duas associações aonde venho participando de ações de desenvolvimento das comunidades, conhecendo as legislações, nossos direitos enquanto cidadãos e como comunidades tradicionais. Também participo de encontros para discutir proposta para resoluções de problemas das comunidades tradicionais caiçaras, tanto na questão cultural como na questão territorial que é o nosso principal foco, onde temos a preocupação em manter nossas comunidades em seus locais de origem, assim podendo exercer sua cultura de forma espontânea.

participação em eventos











recentemente tenho participado de alguns eventos que dizem respeito a cultura e a politica onde expomos a nossa realidade e onde nós encontramos outras comunidades com problemas parecidos com os nossos, das comunidades perdendo seus territóriosos.
alguns desses eventos foram o Entremundos, o Revelendo vale e o Revelando São Paulo.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Uma pequena mudança individual pode gerar um grande impacto coletivo


Bom, no bairro onde moro não existe um projeto de coleta seletiva ou de reciclagem o que às vezes ocorre é que algumas pessoas passam recolhendo ou comprando metais, por isso guardo latas e outros tipos de metais para vende ou dar para elas para esse lixo não ir para o aterro sanitário da cidade.
Outra coisa que fazemos é reutilizar o óleo de frituras para transformá-lo em sabão e o lixo orgânico utilizamos como adubo nas bananeiras .



Eu e minha mãe vimos que tinha algumas roupas que eu já não usava mais e então resolvi doar para o único bazar beneficente que é realizado pelo centro espírita Santo Agostinho.

sábado, 3 de julho de 2010

Meu compromisso

Quais são seus planos? O que você quer fazer quando voltar do programa?
Quando voltar do guerreiros eu quero passar e aplicar as novas ideias e os conhecimentos em minha comunidade.

Minha ação

Você já fez algo que demonstra que você já é um Guerreiros Sem Armas? Conte para nós!
Sim, ao longo de minha vida venho participando de vários conflitos entre o poder publico e as comunidades tradicionais da Juréia e buscando melhorar a qualidade de vida dessas comunidades, que seria através da recategorização da unidade de conservação que foi implantada na Juréia e nossas únicas armas nestes conflitos são: o dialogo e o conhecimento das comunidades.

Meu propósito

Porque quer participar do GSA 2011?
Quero participar do guerreiros sem armas 2011 para ter novos olhares, conhecer novas maneiras de trabalhar com as comunidades, conhecer outras pessoas e ter novas ideias.

Quem estou

Como se sente?
Eu me sinto muito bem, pois hoje não posso reclamar do que aconteceu e está acontecendo e minha vida.Tenho uma família super legal e tranquila na medida do possível.

Você tem dúvidas profissionais? Quais são?
Sim, tenho algumas duvidas para escolher minha profissão, porque tenho dificuldade em definir um curso para eu fazer, mas uma coisa eu tenho certeza, quero viver e trabalhar para ajudar as populações tradicionais da região onde eu vivo.

Quais são os seus sonhos?
O meu sonho é que a juréia (atual Estação Ecológica Juréia Itatins) se transforme em uma unidade de conservação de uso sustentável, para que a minha família e todas as outras comunidades que lá vivem possam ter seu modo de vida preservado e possam viver na juréia em harmonia com a floresta, como sempre viveram.

Quais são os seus desafios?
Os meus desafios são os de conquistar meus sonhos.

domingo, 27 de junho de 2010


Esta é a vista que eu vejo
quando estou sentado
na varanda da casa do meu
avô,
mas toda estas paisagens linda
estão ameaçada pois foi criada
estação ecológica nesta região
chamada de Juréia e todo os moradores
desta localidade vão ter que sair conforme
prevê a lei.

sexta-feira, 25 de junho de 2010


Casa do meu avô
Onesio do Prado